domingo, 31 de janeiro de 2010

Sem Inspiração?


Tu senta na frente do notebook e me fala,  - mãe hoje eu não tô muito inspirada, e eu  -tá bom. Tu começa digitando devagar, mas quando eu vejo tenho que mandar tu ir mais devagar de tão rápido que tu digita e quase afunda as teclas do computador e ainda fala que não está inspirada.
Quando tu começa digitar rápido demais, só sob ameaças de que eu não vou emprestar mais o meu note pra ti, é que tu te acalma, mas não adianta muito, logo depois eu  já ouço de novo as teclas quase sendo destruídas e assim vai ,não sei de onde tu tira tanta inspiração e  os textos estão cada vez melhores, tenho certeza que um dia tu ainda vai ser muito reconhecida por expressar tão bem tuas palavras e os teus sentimentos porque não adianta querer fazer um curso  pra aprender escrever e expressar os sentimentos no papel, isso como tu mesma diz só que escreve com sentimento consegue e tu sabe como fazer isso, por isso que tu já tem tantos fãs por aí e não fica chateada se tem gente copiando, te imitando, porque só os bons mesmo permanecerão e farão sucesso.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

um sinal de sorte




Na volta do banho de mar, refrescada depois de fritar como um frango assado à venda naquelas gaiolas, virando e girando, para tentar pegar alguma cor, molhada e salgada, uma joaninha laranja pousou no meu braço. Esquizofrênica, neurótica e odiosa de insetos, como de costume, e achando que podia ser ou o mosquito da dengue, e quem sabe uma vespa, marimbondo, sacudi a parte mais odiada do meu corpo ossudo e ao mesmo tempo, voluptoso. E vi na areia aquele ser tão inofensivo e com as patinhas agitadas, procurando uma pele para aderir, subir e trafegar, e eu desjeitosa e medrosa espantei toda a sorte que o animal mais delicado do planeta queria me trazer. Alimentada desde pequena com essas histórias de acaso, sorte e merecimento, minha mãe, apaixonada por tudo que tenha bolinhas, e seja deliberadamente frágil, me contava que quando uma joaninha pousa assim em nós, nos escolhe no meio de uma grama, praça ou até na areia, é um sinal de sorte.
Depois pensei por alguns segundos, e deixei meu corpo o mais rente possível do chão, para acolher toda aquela vibração boa, nem que fosse metade, ou ainda algum sentimento bondoso me fosse passado, tranfusado. Deixei-a passear nos meus braços, nas mãos, unhas e pescoço. E ainda teve direito a fotografia e olhares curiosos dos argentinos abundantes aqui nas praias do Sul.
Epifaniei por tempos depois sobre o que significava sorte, na minha concepção. Tenho um rabo danado de ter nascido com uma família assim acolhedora e bipolar, mas que me complementa em quase todos sentidos. Nasci com o bumbum virado para a lua por ter estudado em colégios católicos maravilhosos ou inovadores, unificadores. E sou mais afortunada ainda por ser única, por ter construido essa personalidade errante e que ainda está se moldando, dentro das estruturas e contextos que pode. Mas fiquei feliz, porque por mais sozinha que me sinta, a gente sempre carrega um pouco mais a fé depois de uns atos do acaso assim, ou destino. Enche nossas expectativas, já murchas e desacreditadas em renovadas ou completas de novo. Posso estar mofando aqui, no sólo brasileiro e talvez esses meus planos rápidos e rasteiros não dêem certo, e muita gente querendo pegar minha essência, caráter ou diversidade assim, no ar, e disfarçadamente, roubando frases da minha página, e plagiando textos aqui do blog, querendo igualdade do que não permite. Isso me tira um pouco a paciência, que já é minúscula, entretanto ainda estou calma. E mais: vi meus deslizes declarados e estreitos, e só quando os compreendi, as coisas continuaram a andar. Apenas adianto que estou feliz, e hoje a joaninha é mais importante do que todas as combinações para o futuro, ou convites ainda não oficiais, encontros marcados.
Ainda que hoje algumas coisas talvez tenham se perdido de todo esse trabalho exaustivo que vim cumprindo, em prol à minha saída da mesmice, o pontinho laranja mais delicado do universo me dá uma fé imensa de que eu sou forte capaz de quebrar conceitos, vencer adversidades e ainda assim, sair por cima de toda essa bagunça.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Começando






Amore,
eu sei que minha palavras não chegam nem aos pés dos teus textos maravilhosos, eu sou tu fã número um, tu sabe disso e sei que um dia tu vai fazer muito sucesso e na hora de autografar o teu primeiro livro eu vou estar lá a primeira da fila.
 Tô aqui chorando com as tuas palavras , e tu mais do que ninguém sabe como tocar fundo e certeiro o coração de qualquer pessoa, não adianta, tu tem esse dom, ele nasceu conttigo e ninguém vai te tirar isso.
Como a nossa amiga Tati mesmo disse: "E essas pessoas que fazem curso de escritor? Pra que serve um curso de escritor!? Quem é que vai te ensinar a ter essa delicadeza de sentir? Quem é que vai te dar ferramentas pra olhar pras coisas o tempo todo como se elas fossem encantadas e não simplesmente coisas? Durante muito tempo eu respondi “escritor se nasce, não se torna”, não existe faculdade que vai te ensinar a descrever sentimentos tão bem como tu faz.
Pessoas frias e calculistas não nascem com esse dom e tu graças a Deus, a mim e ao teu pai, nasceu assim sensível, autêntica, temperamental e talvez um pouco bipolar, ainda veremos isso, mas como todos os teus ídolos eram assim tu nem te importa com isso né minha filha?
Lembro que quando tu tinha uns dois anos mais ou menos  gente já ia na Feira do Livro e comprava livros, eles sempre fizeram parte da nossa vida e sempre foi assim, só essa semana a gente comprou três e poderíamos ter comprado mais, tantas as opções que a gente tinha.
Sei que o meu gosto pela leitura te influenciou a construir a tua personalidade e quando eu falava pra ti escrever tudo o que tu sentia, tu exitou, não queria te expor, mas agora com tantos elogios tu tá vendo que não tem jeito, uma hora isso vai acontecer.
Às vezes, eu acho que não consigo demonstrar tudo o que eu sinto por ti, com abraços e beijos, sei lá tu tá maior do e que eu, mas agora nós temos um espaço pra isso e mesmo que  a gente não escreva muito seguido, tudo o que for escrito vai ser verdadeiro e intenso.
Agradeço a Deus por ele ter te colocado na minha vida, por ser minha amiga, me ajudar tanto em tantos momentos e sempre querer o melhor pra mim, por me dar força nos momentos difíceis e por ser essencial na minha vida.
Te admiro do fundo do meu coração e te desejo muito sucesso nesse teu novo projeto de vida.
Da tua mãe que te ama e nosso amor é pra sempre.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Mais um começo


Quando eu vi essa imagem, numa dessas minhas procuras por aí, por esse mundo que nem existe, e tudo é tão banalizado, por mais que não estivesse nos meus parâmetros, e nem nas minhas buscas, eu salvei tal imagem, instintivamente. Eu lembrei de dias em que a gente fazia a festa das bonecas, tudo tão pequeninho, bexiguinhas e docinhos, velas minúsculas, e os parabéns, ou ainda o dia em que eu ganhei a máquinha de sorvete. Não sei muito bem porque, mas das duas, uma: ou eu devia ser como meus hermanos, louca por sorvete, ou eu queria tanto tanto tal brinquedo sorveteiro, que parecia tão diferente das Barbies, ou boneca-que-faz-xixi, ou boneca-que-chora, que eu fiquei muito feliz, e a fotografia das duas, sentadas na sacada do nosso antigo apartamento, girando a maçaneta e a massa grossa e gelada saindo, acho que era da Eliana, e uma lembrança rápida e estranha desse momento. Eu lembro de bastante coisa. Como das festinhas que mais pareciam festanças, que eu recebia todo mês de Março, quando ainda existia no meu vocabulário MEU pai, e MINHA mãe. Há também esse dia, em que eu deixei de ser a única, e dividi então o espaço da casa grande, que era todo meu, com um bebê careca, com cara de joelho, grandão e gordinho. Que ainda, chorava e tomava toda a atenção, enquanto eu me sentia desolada e confusa, no canto do quarto de hospital, com a Barbie Sereia que esse "ser de outro planeta" tinha me trazido. Pensei uma vez, e eu lembro, que eu preferia ter meu papai e mamãe de volta, do que aquela boneca com cabelos rosas e que só me entreteu temporariamente. E que bom, que com o tempo, esse pensamento foi saindo cada vez mais da minha cabecinha, e eu alimentei muito pouco qualquer ciúme. Não era uma criança ciumenta, assim como não me vejo uma adulta com tal característica; e devo todo meu agradecimento à esses meus genitores, na época novatos e joviais, e que lidaram superbem, sabendo me educar para amar essa e a outra, outras crianças que estavam por vir.
Fico feliz com todas essas questões, esses momentos e sensações que vivenciei. Me ajudaram a ser uma cidadã melhor, e ampliar meus horizontes, não ser uma pessoa só egoísta. Coisa que só sabe, e aprende mesmo que na marra, quem passa pela oportunidade de ter irmãos. De emprestar um guarda-chuva, sabendo que você vai se molhar, ou deixar de comer ímpar bombom de chocolate branco que vêm na caixa da Nestlé, porque vai ter choradeira, birra e briga. Muito obrigada, mãe.
Obrigada também, por ser tão minha amiga. Minha melhor amiga. A única que se revelou minha companheira à longo prazo, nos piores e nas melhores. Vitórias, derrotas, choro ou felicidade. Angústia, ansiedade. Te agradeço pela mão caridosa, pelo conforto e muitas vezes pelo balde de água fria, necessário, quando eu insistia em ser tão sonhadora, ou inspiradora. Eu posso dizer, que eu tenho uma das melhores mães do mundo. Se houvesse um ranking, uma lista, estaria ali ó: Gê. Vendo todos esses projetos de genitoras que se apresentam por aí, abandonam os filhos, ou deixam para a avó cuidar; pior ainda: ganham a guarda, de tais crianças, adolescentes, e quem cuida são as empregadas, ou os próprios serezinhos, que aprendem a viver por si mesmos.
E por mais que, muitas vezes eu tenha reclamado das preocupações excessivas, ou dos impulsos de me defender com unhas e dentes (e depoimentos), enfim, as indiretas dadas, mas sei que é tudo por amor, incondicional. Chego a achar muitas vezes, que faria ou farei o mesmo, quando na condição materna, quando me criarem esses laços de mãe e compaixão, reais.
Te amo,
Camila

terça-feira, 19 de janeiro de 2010



Desde que tu nasceu eu sabia, o quanto tu ia ser especial na minha vida, o  quanto tu é importante e como a nossa amizade é especial .Tu nasceu com um brilho próprio, uma luz especial que consgue ofuscar o brilho das outras pessoas. Tu sabe que isso também pde ser um pouco chato ás vezes, tu tem uma personalidade forte, é autêntica, cheia de idéias. Lembro bem quando eu fiz teu mapa astral, e quando a astróloga me explicou o significado de cada casa, ela só me dizia isso, ela tem muita luz,só vejo coisas boas pra ela,vai viajar muito, ganhar dinheiro em viagens, ela vai ser pioneira, isso tá escrito lá, tu sabe e agora eu entendo bem o que ela quis dizer com isso, tu sempre está á frente dos outros com tuas idéias, lançando moda seja um esmalte azul cobalto, ou verde menta, saia cintura alta, vestidos tomara-que-caia...e eu sempre embarco junto contigo nas tua viagens, dou um jeito de comprar, fico na dúvida, será mesmo que tu quer isso? Mas quando eu vejo tá todo mundo usando o que tu usou primeiro, ainda bem que eu não tenho idade e nem corpo pra usar tudo o que tu usa, senão coitada tu ia morrer de tanto brigar comigo, por eu estar te imitando.
Tu sabe o quanto eu admiro a tua autenticidade, o teu caráter, a tua honestidade e com certeza eu posso dizer com todas as letras e bem alto a minha filha não é maria-vai-com-as-outras (graças a Deus), digo isso em todos os sentidos, tu não precisou transar, beber, fumar...porque todo mundo já fez. Tu tem o teu tempo, a tua dignidade e sabe o que quer, se não quer sair, não sai, se não quer ficar com alguém não fica.
Agradeço a Deus sempre, por ele ter te colocado na minha vida, e sei que tu ainda vai me dar muitas alegrias.
E amanhã? qual vai ser a novidade que tu vai inventar em Camila?